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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

PRELÚDIO DA VIDA

PRELÚDIO DA VIDA.


O homem é um ser de idéias próprias. Conforme vai vivendo, este homem, com o tempo, vai se alto definindo. O raciocínio humano é o que o difere dos outros animais. Sua capacidade de simbolizar tudo que o rodeia, proporciona-o, uma gama infinita de vocábulos, gestos, artes e costumes, que é denominada de cultura. Estes símbolos são passados hereditariamente, contribuindo para o enriquecimento constante da sociedade.

O homem, por isto mesmo, molda o seu perfil. Mas, depende muito, do meio onde vive. Muitas vezes ele é conduzido ou moldado a seguir idéias alheias. Não se pode esperar que um animal seja ele qual for, nascido e criado na Amazônia, seja capaz de sobreviver nas geleiras antárticas. Isto explica o dizer popular, que: “O homem é produto do meio”. Sim, concordo em tese, pois os costumes de que falamos no parágrafo anterior, pode nos trazer bons ou maus conhecimentos.

Desde muito cedo, somos induzidos a obedecer a ordens, sem termos o direito de opinar. Em nossa vivência somos levados a ideologias: religiosas, políticas e até mesmo de ordem social, que temam a nos alienar e amordaçar-nos proibindo-nos de expor as nossas críticas e quem sabe até, nossas teorias, que quiçá, poderiam até, se bem aceitas, tornarem conceitos benéficos de vidas. Como descreve Marilena Chauí em seu livro “O que é ideologia”, p 113 - : “a ideologia é um conjunto lógico, sistemático e coerente de representações (idéias e valores) e de normas ou regras (de conduta) que indicam e prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem pensar, o que devem valorizar e como devem valorizar, o que devem fazer e como devem fazer. Ela é portanto corpo explicativo”.

Daí concluiu-se, que, através dela somos elitizados e alienados ao pensamento alheio. Não devemos levar sempre o nome de bonzinho principalmente em nosso trabalho, enquanto recebemos um salário de fome. Não devemos nos calar, diante da desigualdade social. Não devemos aceitar as formas desumanas de governos, a corrupção, os desvios de finalidades com o dinheiro público. Etc...

Enquanto jovens, não nos importamos, com o que nos possa acontecer no futuro. Este é o grande mau. Pois, ai é que teríamos de fincar bem as nossas raízes ou alicerces, para, com o trabalho e não o fazer, com conhecimento e não por hábitos, edificarmos uma vida tranqüila e planejada. Porém, só quando sentimos que o tempo disparou, ou seja, por volta dos 45 anos de idade, é que, damos conta do tempo perdido. Das grandes asneiras que comumente praticamos, e só ai, abrimos corrida contra este mesmo tempo, na busca de tentar amenizar o impacto da terceira idade. Ai vem os questionamentos: porque deixei de fazer isto? Porque fiz aquilo? O mais sensato a fazer no prelúdio da vida é manter um raciocínio próprio e equilibrado, sempre questionador. Mesmo quando se tem certeza da verdade, pois a verdade jamais será absoluta. O questionamento deve ser feito dentro de você, e só você, deve respondê-lo. Assim você demonstrará que é um humano. Homem de raciocínio próprio, sem se deixar levar por idéias alheias. Só assim você poderá ter o seu momento de paz consigo mesmo, na sua terceira idade.
Escrito por : Almir Ferreira
15/11/2009.

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