Direitos Autorais (LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 )

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

LOUCURA.

LOUCURA



A loucura é próxima da sabedoria.
O que é muito sábio,
pode ser quase louco.
É preciso equilíbrio
para andar entre:
a loucura e a sabedoria.
Sábio é aquele que diz,
o que os outros, não querem dizer.
Ou não sabe, como dizer.
O sábio arrisca-se flutuando,
entre a sabedoria e a loucura
narrando, para a história,
peripécias daquele extremo.
Comparando o mau maior,
com o bem supremo.
Falando de coisas, que só a ele são claras.
Mostrando para o mundo,
talvez, as suas falhas.
Adorando a beleza,
sorrindo a feiura,
na sua sabedoria,
prestes a virar loucura.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

DEPRESSÃO


DEPRESSÃO


Escondi-me, dentro de mim,
para não encontrar-me.
Eu não me vi.
Falei,
e não me ouvi.
Meu coração, parou
para não se denunciar.
Vi a todos me procurando
na esperança de me encontrar.
Eu estava ali.
Naquela escuridão.
Dentro de mim,
Só...
Em meio a multidão.

SAUDADE


SAUDADE


Saudade...
Este sentimento mudo
que percorre o meu corpo
como um maremoto.
Sentimento que abafa o meu soluço,
penetrando nas entranhas,
do meu coração.
Sentimento, que me faz sorrir
quando da minha tristeza,
e chorar ao sentir compaixão.
Saudade...
Viagem no tempo
De lembranças vagas,
que o coração revela
e faz adormecer o cérebro
para nos perder no passado,
embebidos em nepentes,
da imaginação.
Sentir saudades,
é pensar com o coração.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

LITERATURA DE CORDEL


CORDEL DO FORRÓ

SIRIEMA PIOU NA ESTRADA
CAVALEIRO RODOU NO ARREIO.
A MENINA QUE EU TAVA DE OLHO
NÃO ME QUER ME BOTOU NO ESCANTEIO
SANFONEIRO SEGURA ESTE FOLE
QUE A POEIRA JÁ VAI LEVANTAR

A FIGURA QUE DANÇA COMIGO
ESTA DOIDA PRA ME NAMORAR


ZABUMBEIRO SEGURA O COMPASSO
E NÃO DEIXA A PETECA CAIR
QUERO VER GIRIPOCA PIANDO
ADRIANOS NO ESPAÇO EXPLODIR
CAPANGUEIRO ME COMPRA ESTA PEDRA
MAS, EU QUERO O DINHEIRO AGORA
SE ESTA MOÇA ME PASSAR A TABOCA
DESTA TERRA EU JÁ VOU EMBORA.


SE FOR VENTO NÃO É TEMPESTADE
SE TROVÃO, NÃO É CHUVA NEM NADA
SE A MOÇA É BONITA EU DENGO
SE É FEIA EU LARGO NA ESTRADA.
PINGA BOA NÃO QUEIMA A GARGANTA
CAPOEIRA NÃO É CERRADÃO
EU JÁTIVE AMORES NA VIDA
MAS, NÃO TENHO NENHUMA PAIXÃO.


A MENINA QUE TENHO NOS OLHOS
MINHA MÃE QUE ME PRESENTIOU
É POR ISTO QUE EU AMO A MENINA
QUE DURANTE UMA VIDA ME AMOU
E AMANDO EU VOU PELA VIDA
SANFONEIRO SEGURA O FORRÓ
QUE A MENINA ME OLHA E ME DENGA
E EU NÃO DOU NEM UM PONTO SEM NO.

OS ÓRFÃOS DO ARTIGO 6º


OS ÓRFÃOS DO ARTIGO 6º


O homem é um ser gregário. Desde os primórdios da humanidade, ele vem se adaptando e se aperfeiçoando, na busca de uma sociedade perfeita.

A facilidade, das comunicações e a tecnologia implementada no decorrer do Século XX, desestabilizaram a forma de segurança que sempre havia sido administrada na sociedade de forma geral, gerando um aumento brusco da criminalidade em todos os níveis no mundo. Muito tem se discutido a esse respeito em seminários, congressos etc., porém, não se tem chegado a um consenso.

Ao estudar a disciplina de Direito Constitucional, no meu curso de Direito, deparei com o Art. 6º da Constituição de 88. “ São Direitos Sociais: A educação, a Saúde, O Trabalho, O lazer, A Segurança, A Previdência Social, A Proteção à maternidade e à infância, A Assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. Aqui, está a raiz, deste mal, que nos preocupa e consome preciosos estudos de centenas de cientistas de todas as áreas. Desde 1919, já haviam previsto que esta seria a única forma de evitar o avanço da criminalidade . Porém, não foi o bastante, somente a inserção na Carta Magna, desses dispositivos legais, no referido artigo 6º, seria necessário colocar em prática tudo aquilo.

O aumento da criminalidade vem fazendo com que o ser humano se distancie de seu semelhante, isolando-se em condomínios fechados, buscando a segurança pessoal, através de guarda-costas, investe-se em carros blindados, como se isso fosse, o pior dos males e a mais temível das feras da terra. Ninguém confia em ninguém. Chegaremos a um ponto de não trocarmos uma só palavra com quem não conhecemos. O futuro dos homens, se não houver uma mudança radical na perniciosa evolução, é de se voltar a conviver somente com os seus familiares, como fora o costume pré-histórico. Viveremos em amontoados humanos, sem nos conhecermos mutuamente. Comunicaremo-nos pela Internet, e não mais haverá aquelas tardes de bate-papo com os amigos em bares ou similares. Estamos perdendo a capacidade de viver em grupo, a nossa solidariedade tão necessária, à convivência, está se esvaindo. O lazer seria um campo do direito social, pelo qual, propiciaria uma oportunidade a nós mesmos, de convivência uns com os outros, mas, a falta de segurança, nos faz ter medo, de nos proporcionarmos tudo aquilo de que tanto precisamos.

Teremos que ir a luta. Brigar pelos nossos direitos sociais constitucionais. Somente eles poderão a longo prazo, dar um retrocesso na galopante fúria humana rumo à criminalidade, que cada vez mais, contamina a juventude, formando assim, um plantel de seres violentos, que atuarão em um futuro negro, muito breve.

Não poderemos nos curvar diante destas barreiras. Temos a obrigação de lutar, para mudar esta cultura nefasta, que cresce dia a dia em todos os cantos do mundo. Teremos que buscar os responsáveis, pressionar o Governo, os parlamentares, bem como os Membros do Ministério Público, para que juntos cumpram e façam cumprir a Constituição . A segurança não deve ser um projeto de resultado imediato, mas a longo prazo, com certeza colheremos frutos, se hoje semearmos. Se não começarmos agora, nunca a concluiremos e continuaremos a mercê das organizações criminosas, que recrutam “mão de obra barata” nas periferias das cidades, onde estão presentes “os órfãos, do Artigo 6º”.

UMA CRIANÇA.


UMA CRIANÇA.

A criança sorria

A criança corria
Chorava,
mas, crescia.
A criança esperava
A criança aprendia
Ela se amava.
Os traços a marcaram
Poliram sua imagem
O que outrora era riso
Não passava de bobagem.
Não se viu mais a criança
Que no tempo se perdeu
Esculpiu-se num adulto
Esta criança, sou eu.

TERAPIA DA ALMA.

TERAPIA DA ALMA.





Dentro de mim, há um vazio...

Neste vazio, um ponto negro bem no centro. Eu Estou ali.

Olho para os lados e só consigo ver a brancura deste vazio, que é como se fosse neve. Por mais distante que seja o imaginável horizonte, ele também tem a brancura do vazio e se confunde com esta brancura.

Minha alma, que também tem a mesma brancura, se desagarra de mim e vaga pelo vazio procurando encontrar outro ponto de referência que não eu. Fico desalmado a contemplar aquele voou perdido pela brancura do vazio. Não encontrando nada ela volta e se apossa novamente de mim. Ao ser possuído por ela, passo a atrair a brancura do vazio que penetra-me pelas órbitas oculares e aos poucos me torno tão branco como a brancura do vazio. Não mais me vejo, somente me imagino.

Ao familiarizar-me com a minha brancura, vejo que existem outras imagens tão brancas quanto a mim. E elas são centenas de milhares. Não falam, assim como eu, porque contemplam a brancura do vazio. Não ouvem porque não existe som. Não conseguem se verem, porque a brancura do vazio não as deixa propagar sua imagem. Mas elas existem e eu as sinto próximas a mim. E eu estou aqui... Procure-me neste vazio que haveremos de nos encontrar. Procure-me... Procure-me...

Por Almir Ferreira

04/06/02.

ANGÚSTIA


ANGÚSTIA


Agoniza em meu intimo, uma dor infinda,
Que me aniquila e faz desfalecer meu ego.
Como poderei compreendê-la
Se não conheço sua causa.
Ela dói, uma dor abafada,
Trazida pelo nada.
Sem motivo, sem razão,
Mas, fere o meu coração.
Nas noites, perturba o meu sono.
Nos dias, tira a minha paz.
Só eu sei, do que esta dor é capaz.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

AGRADECIMENTO


AGRADECIMENTO
Oh meu Senhor, venho te agradecer, pelo muito que tenho recebido.

Sinto-me tão pequeno frente a sua magnitude, falo tão baixinho
Mas, mesmo assim, me escutas e me atendes.
São milhões, os clamores do mundo,
Porém, aquele que clama com o fervor da alma, é sempre atendido.
Obrigado meu Senhor, pelo dia, pela noite, pela beleza do universo.
Pelo meu sono tranqüilo, por vê-lo sempre velando por mim.
Continuarei pedindo-te, pois, não tenho mais a quem recorrer.
Estarei sempre agradecido, agora e sempre até morrer.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O 'DEUS' QUE EU APRENDI.



O 'DEUS' QUE EU APRENDI.

Ensinaram-me que há um DEUS.
Eu acredito neste DEUS.
Não me conformo apenas com a forma que o usam.
Este DEUS que eu aprendi
É manso, bondoso e compreensivo,
Não cobra nada, nem exalta quando é caluniado.
É alegre, confiante e simples.
Não é chegado ao luxo nem a luxúrias.
As coisas desse mundo não lhes interessam.
Apenas a alma tem valor de cotação no seu mercado.
Não precisa de riquezas
Porque tudo que existe aqui, já é dele.
Inclusive você!
Quando quiser agrada-lo,
Cale-se.
Medite.
Fale com ele.
O seu silencio, é a melhor forma
Para ele te ouvir.
Acredite.
DEUS está dentro de você.
Não o procure fora
Pois não o encontrará.

O QUE PROCURO.


O QUE PROCURO.

Caminho com os pés nus
Semblante firme
Esperançoso.
Sou viageiro sem rumo
Busco no horizonte
O que procuro.
Em meu silencio
Há sempre um grito
E neste grito
Que ecoa do meu silencio,
Frases se desabrocham
E o pensamento voa
Pelo mundo sem fim.
Neste emaranhado de letras
Passo minhas angustias
Meus pesadelos
Os meus apegos
Minha vontade de ver,
De aprender, para ensinar,
De uma maneira peculiar,
A forma simples de viver.

PASSATEMPO.


PASSATEMPO.


Minha vida é cheia de segundos litológicos
Ainda bem que são apenas segundos.
No mais tenho a mente fértil
Tão abundante que desperdiço
A maior parte do que ela me oferece.
Sou iluminado.
Posso criar o quanto eu quiser.
Cada coisa que escrevo
Faço-o com o coração
Tentando deixar uma mensagem boa.
Gosto de ser feliz e fazer os outros felizes.
A tristeza me enoja.
Ela sim, me dá afasia.
Detesto gente amarga.
Para que amargura
Se isto aqui é apenas um passatempo...

AVISO FINAL.



AVISO FINAL. Queimaram a mata
Desnudaram o chão
O chão virou deserto
E a mata virou carvão.
Fumaça é o que se vê
No horizonte da terra
Morrem crianças famintas
Como se fosse uma guerra.
As estrelas já não brilham
Nem sei se existirão
Queimaram o mundo com fogo
E desnudaram o chão.
A semente não germina
A água não corre mais
O homem provou para mundo
Do que sua mão é capaz
O câncer comeu a carne
A chaga o coração
Queimaram o imo da terra
E desnudaram o chão.

PERDÃO


PERDÃO

Semeeis a semente boa em terra fértil
E não decepcionareis, quando esta germinar.
Sempre colhemos o que plantamos.
Se a semente é boa a safra também o será.

Não coloqueis a maldade em vosso olhar
Vossos olhos são a porta do vosso coração.
Sejais amáveis no falar
Assim calareis seu interlocutor sem agredi-lo

Se por ventura não fordes compreendido
Procureis voz aceitardes a rejeição de vossa proposta.
É sábio aquele que se compreende
E busca, dentro de si, calar os incompreensivos.