Na sombra da noite
Sons estranhos.
Os pirilampos criquilamEm dueto ao coachar dos sapos.
Na ribanceira,
Como opereta tocada
Por exímia orquestra.
Os peixes batem.
O curiango agoura
Enquanto o som estridente
Do “Rasga Mortalha”
Quebra o ritmo de tudo.
A lua pálida,
Acanhada,
Mostra o rosto aqui e acolá,
Por entre as nuvens carregadas.
As trovoadas de setembro
Anunciam as primeiras s’águas.
Aqui estamos
Privilegiados em presenciar
Quão grande transformação e beleza
Como expectadores
Meros e gratuitos.
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