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quarta-feira, 7 de março de 2012

O casarão e a Praça








O casarão e a Praça                                                                      

A Freguesia nasceu, porque o Casarão existia.

Ninguém tem idéia, de quando ele foi erguido, um dia.

As décadas se passaram e ele permaneceu ali.

Perpetuando os acontecimentos.

Vivenciando o progresso e decadência,

Como guardião da história da Freguesia.

Sem maldade, sem pressa, aguardando a cidade.

Ela chegou e ele se destacou,

Car’caindo tomado pela velhice, mas, em pé.

Suas telhas enegrecidas, pelas nódoas do antigo lodo.

Polidas pelas chuvas torrenciais dos verões.

Adobes corroídos, madeira empenada pelo peso.

Portais ressecados pelos milhares de “sóis” .

Paredes branquicentas, cal vivo em sua face.

O Piso de chão batido ganhou ladrilho de barro

E depois, modernamente o cimento.

Cimento este que aprisionou para sempre

O pó pilado por escravos outrora.

É onde agente mora.

O Casarão continua sua história

Fecundada de interessantes per maneios.

Assim como não se sabe, qual a idade de seus esteios.

Eles estão firmes, como se nada sentissem.

Calados, imóveis, sustentando esta relíquia centenária.

Pouco visto e pouco admirado.

Ninguém o visita, em seu canto desprezado.

O casarão tem alma, tem vida, tem história

Só não tem coração.

Preservá-lo é nossa obrigação.

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