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quarta-feira, 7 de março de 2012

A casa e a Palmeira

A casa e a Palmeira   
                                    
Casa de cá, Palmeira de lá,
Lado a lado durante toda uma vida.
A Casa viu a Palmeira crescer
Hoje mais alta que casa
Faz gracinhas balançando alvissareira
Pirraçando a casa inerte,
Que não tem como imitá-la.
A Palmeira cresce
A casa, dado aos anos e as corredeiras de enxurro
Que lhe põem terra ao alicerce, diminui.
A Palmeira, exuberante
Alimentada pelos primeiros raios solares
Colhe as premissas da clorofila
Que a enverdece e lhe dá vida.
A casa se contenta em ouvir
O gemido das folhas da Palmeira
Ao se contorcerem embaladas pelo vento,
Que a acaricia nas madrugadas frias
E, nas noites enluaradas de agosto.
A Casa quase morre de desgosto.
O sol a aquece de um lado,
Enquanto o outro permanece gélido.
Têm paredes que nunca o viram.
Para elas os sois jamais existiram.
Não se rejuvenesce
A não ser, quando alguém
Com vergonha de sua sujeira
Dá-lhe um banho de cal.
A vida da Palmeira e o tempo da Casa são normais.

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